Quem sou eu

Minha foto
Atlanta, Georgia, United States
Pastor da AD-Brás em Atlanta Ministério de Madureira, Bacharel em Teologia, M.A Business,Articulista,Professor de diversas matérias teológicas. Casado com Pra.Magda Lima, pai de Paula & Kevin. Acima de tudo servo de Cristo.

12 maio, 2012

A favela da alma


       “ ...   mas tira os da pobreza e da miséria e aumenta as suas famílias como rebanhos …”       Salmos 107:41
   

Com justa razão, sociólogos, economistas, políticos e cientistas  sociais têm se preocupado com a trágica realidade das favelas urbanas. Na verdade, elas são o retrato de uma sociedade desigual e excludente que vivemos.


As favelas urbanas são também a vergonha  explícita da nossa iniquidade social. Tirar o homem da favela  será pois o grande desafio urbano & humanístico deste próximo milênio.
                              
Conquanto seja deplorável ver o homem na favela, também é lamentável constatar o crescimento de uma “favela ” na alma humana.  Tirar a favela de dentro do homem será pois  um grande desafio para os terapeutas, teólogos,  conselheiros,  educadores, em fim,  para todos que tem um compromisso com a existência e dignidade humana.
                                 
A “favela interior ” é o resultado do crescimento de um tipo diferente de pobreza, marcada pela ausência de sentimentos, valores e atitudes nobres, cada vez mais escassos em nossa sociedade materializada. 


Pessaos de bem, empresários, médicos, advogados, politicos, e até muitos líderes religiosos, vivem nesta “favela”.  


Esta pobreza  interior é denunciadora também de um “lixo interior” que o ser humano permite que vá se acumulando pelas esquinas da  alma, ao longo da sua curta existência .
                    
Podemos assim classificar pelo menos, três diferentes tipos de pobreza interior denunciam  a existência de uma “favela” dentro de nós. 


1 – A pobreza de espírito : não tomada aqui como uma virtude ressaltada  por Jesus Cristo, no Sermão do Monte mas, como um espírito pobre, cuja pobreza se dá pelo excesso de egoísmo, maldade, mesquinhez, avareza, arrogância e outros sentimentos desta natureza. Alguém pode ter muito dinheiro, bens ou propriedades, todavia, se possuir um espírito pobre, vive numa grande miséria. 


São pessoas desprovidas da verdadeira riqueza, que é a riqueza do “ser” onde os sentimentos, valores e atitudes nobres constituem o maior patrimônio.
                 
2 – A pobreza espiritual :  É o coração humano vazio de fé, esperança, em fim, vazio de Deus. A ausência de Deus no ser humano empobrece a sua vida. 


A fé é de um valor imensurável e enriquece a existência na medida em que liberta a vida dos limites da matéria, abrindo as cortinas do infinito e do sobrenatural. “Tudo é possível ao que crer.”
    
            
3 – A pobreza afetiva :  Esta “favela ” que existe dentro do homem é provocada pela ausência do amor. Quem  não ama vive mergulhado numa verdadeira miséria existencial, desprovido de tudo que dignifica e enobrece a vida. 


Até a religião sem amor se transforma em fanatismo e radicalismo. O amor produz a  compaixão, o perdão e a solidariedade. O amor enriquece a vida !
                       
Esforçar-se para tirar o homem da favela e tirar do seu caminho o lixo que a sociedade produz é uma tarefa tão nobre quanto urgente. 


Todavia, é também urgente e igualmente nobre, o esforço  para retirar a “favela” de dentro do homem, e limpar a sua alma  do lixo produzido pelos sentimentos mesquinhos e pela ausência de  Deus.  


A verdadeira riqueza é a presença de Deus em nós.  Jesus já nos resgatou da pobreza  fazendo-se pobre para que tornássemos ricos.